O Museu do Apartheid é um dos destinos obrigatórios para quem deseja compreender a história da África do Sul e os horrores do regime de apartheid.
Mais do que um simples museu, é um lugar de reflexão profunda sobre direitos humanos, injustiças sociais e a luta pela liberdade.
Caso pense que é um exagero, aí que a visita se torna indispensável para você entender a história do país até os dias atuais, as divisões e como isso impacta a população atual do país.
E aqui eu vou compartilhar o que você vai conhecer no museu e informações úteis para sua experiência ser diferenciada.
Sobre o Museu do Apartheid!
O museu foi aberto por volta de 2001, com objetivo principal de mostrar como foi a política de segregação racial feita na África do Sul.
Além de mostrar com documentos, vídeos, fotos e uma série de testemunhos como o governo aplicou essa divisão no país.
O Apartheid que esteve na legislação do país de 1948 a 1994, foi introduzido por uma minoria branca européia que controlava a política do país.
O Apartheid siginifica separação e no museu é contada de forma cronológica toda esse processo que ainda é uma cicatriz aberta na população.
O que esperar na entrada?
Logo na entrada, você é impactado pela divisão de acesso, que separa visitantes com base em “brancos” e “não brancos”.
Você não pode escolher, já que são entregues aleatoriamente para cada visitante.
Como são divididos em: “brancos” e “não brancos” e a gente estava em 3 pessoas, dois receberam de “brancos” e eu recebi o “não branco”.
O objetivo é claro, fazer uma alusão direta às políticas segregacionistas da época.
Entrando no lado “não branco”
Ao entrar pelo lado “não branco” eu encontrei um painel gigante com vários homens brancos com cara de burocratas me avaliando.
Importante ⚠️
Infelizmente ou felizmente não é permitido tirar fotos a partir desse momento. Por isso você vai precisar usar sua imaginação antes de conhecer o museu do Apartheid pessoalmente.
A ideia desse painel é transmitir como funcionava na época, onde uma comissão determinava qual era a minha cor e se teria liberdade para acessar Joanesburgo livremente ou teria uma espécie de passaporte.
E o que era esse passaporte?
Era um passe ou autorização para acessar Joanesburgo em horários determinados para trabalhar.
Esse passe era destinado às pessoas “de cor”: negros, pardos, misturados, ou seja, qualquer um diferente do branco europeu.
Mas e a entrada no lado “branco”?
Bem, minha esposa foi por ele e me disse que eram várias de fotos de pessoas felizes, dando boas-vindas e que a África do Sul era incrível.
Além de dizer que o lugar era um paraíso para prosperar.
Como é o Museu do Apartheid?
A exposição é organizada cronologicamente e cobre desde o início do apartheid em 1948 até sua queda em 1994, com a eleição de Nelson Mandela como presidente.
Ao percorrer os corredores, prepare-se para encontrar uma variedade de materiais, como fotos, vídeos, documentos oficiais, objetos históricos e depoimentos emocionantes que trazem à tona a crueldade do sistema de apartheid.
Eu chorei horrores nesse museu, é com certeza um dos mais impactantes que já visitei até hoje.
O trajeto pode demorar até 3 horas para ver todas as informações históricas do lugar.
Divisão do Museu
A exposição principal e permanente do museu é uma viagem no tempo que passa pelo dias mais sombrios da escravidão até a época onde começou a ser fundada os princípios da democracia.
Aqui você encontra de forma bem resumida de forma cronológica o que vai conhecer no museu do Apartheid:
- Os pilares da constituição
- Classificação das pessoas
- Jornadas das pessoas
- Segregação implantada
- Aphartheid
- A revolta contra o Apartheid
- Vivendo sobb o Apartheid
- Ações populares se organizando
- Ascensão da consciência negra
- Execuções políticas
- 1976, o significado
- Ataques
- Inícios da conversas
- Liberatação de Mandela
- À beira do abismo
- Negociação do acordo
- Eleição de 1994
- Presidência de Mandela
- Comissão da verdade
- Nova Constituição
- Geração da esperança
Eu dei uma resumida para que não fique tão extenso, mas são mais de 30 espaços que apresentam todos os aspectos da história da África do Sul.
Destaques do Museu
Todos os lugares são bem importantes, mas aqui vai alguns lugares para você dar uma atenção especial.
- Réplicas de celas prisionais: Que proporcionam uma ideia das condições enfrentadas pelos presos políticos.
- Galerias interativas: Recursos multimídia tornam a experiência mais imersiva e mais impactante.
- A sala dos direitos humanos: Um espaço para refletir sobre a igualdade e a liberdade.
- Exposição Nelson Mandela: Com quadros, painéis que contam a história do líder e seu carro oficial que usou enquanto foi presidente do país.
Dicas para aproveitar ao máximo
Reserve tempo:
A visita costuma durar entre 2 a 3 horas.
Para absorver todos os detalhes, evite marcar outros lugares logo em seguida, deixe em aberto para conhecer sem pressa.
➡️ Você pode reservar um tour combinado com Soweto.
Aproveite o restaurante:
Lá dentro tem um restaurante que você pode comer alguma coisa e dar uma respirada que pode ser necessário dependendo da pessoa.
Chegue cedo:
O museu pode ficar cheio durante o dia, então chegar pela manhã ajuda a explorar com mais tranquilidade.
Use roupas confortáveis:
Há muito para caminhar dentro do museu, por isso um calçado confortável é recomendável.
Informações para sua visita
Horário de funcionamento:
Geralmente aberto de segunda a domingo, das 9h às 17h.
Ingressos:
Os preços variam, mas em torno de 150 RANDS por pessoa.
Recomendo comprar os bilhetes online para evitar filas.
➡️ Acesse o site oficial do Apartheid Museu para comprar o ingresso.
Localização:
Fica a cerca de 25 minutos do centro de Joanesburgo.
É bem tranquilo chegar de carro ou com transportes por aplicativo, como Uber e fazer por conta própria.
O museu também é parada do City Sightseeing de Joanesburgo que já comentei em outro post que vale a pena fazer o tour.
Dica ✅
Uma opção que eu sempre recomendo para meus seguidores é fazer um tour combinado com museu e visita a Soweto na casa de Nelson Mandela.
Não sabe o que é o Apartheid e a história do regime?
O Apartheid foi uma legislação que aplicava a divisão entre grupos raciais.
Esse grupos eram divididos em: Negros, Brancos, “De Cor” e Indianos.
Os que eram considerados brancos era somente os Europeus, e todo os negros, de cor e indianos, passavam por uma comissão que analisar qual cor você era.
Para você pensar!
Já percebeu que a gente mesmo brasileiro branco, não seríamos considerados “branco“, já que fazemos parte de uma mistura, seguindo os pensamentos deles.
Após determinar os grupos raciais, o governo passou a segregar as áreas residenciais, forçando a mudança de qualquer pessoa não branca.
Já 1970, os negros perderam sua cidadania e foram retirados das cidades e levados para “Townships” cidades criadas com um certa distância dos lugares ondes os brancos e europeus moravam.
Com isso eles precisavam de autorização para entrar em certos lugares.
Para eles acessarem essas cidades, precisavam de um passe, uma espécie de autorização para poder trabalhar, mas nunca morar.
Tudo era separado, ônibus com bancos exclusivos para eles, bebedouros, banheiros, filas e tudo que se possa imaginar.
Após muita violência, diversos embargos ao país e cada vez mais o mundo de olho na violência que ocorria na África do Sul.
Aos poucos com muita pressão foi negociado um acordo com a liberação de Nelson Mandela e novas eleições onde ele ganhou e pautou a nova constituição do país.
Até hoje você vai perceber as divisões na sociedade.
Dúvidas frequentes sobre o Museu do Apartheid?
Essas são as dúvidas mais comuns que recebo aqui no blog e também nas nossas redes sociais:
Quanto tempo para conhecer o museu do Apartheid?
Recomendo pelo menos 3 horas para não fazer tudo na pressa e vá no primeiro horário para não encontrar o museu muito cheio.
Vale a pena conhecer o Museu do Apartheid?
Sim, vale muito a pena! O Museu do Apartheid, é um ponto turístico mais importante para conhecer em Joanesburgo que conta a história de regime cruel.
Por que visitar o Museu do Apartheid?
Mais do que um local turístico, o Museu do Apartheid é um convite à empatia e à compreensão. Ao conhecer essa história tão marcante, você sai transformado, com uma nova perspectiva sobre o impacto das escolhas humanas.
Gostou de conhecer como foi a minha vista no Museu do Apartheid?
Espero que sim! 🥰
Aqui fiz um breve resumo para mostrar a importância histórica desse museu e como esse regime atuou por décadas no país.
Espero também que tenha colocado na lista para conhecer na sua viagem, tenho certeza que você vai sair impactado.
Se ficou com alguma dúvida ou quer dividir sua experiência, deixe um comentário no final da página ou me chame no Instagram (@viagenspelomundo_blog).
Vou adorar conversar com você! 😉
Saiba mais sobre Joanesburgo
Se quiser saber mais sobre Joanesburgo, já publiquei outros conteúdos que podem te interessar, e em breve virão mais novidades por aqui:
🔗 Minha lista do que fazer em Joanesburgo.
🔗 Melhores regiões para se hospedar.
🔗 Restaurantes e lugares legais para comer.
🔗 Dicas para a vida noturna em Joanesburgo.
🔗 Roteiro de viagem para Joanesburgo.
🔗 Como foi fazer o Safári de Pilanesberg.
🔗 Veja como foi minha experiência visitando o Lion Park.
Espero que você tenha uma viagem incrível e aproveite ao máximo tudo o que África do Sul tem a oferecer! 😍
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